quarta-feira, 11 de abril de 2018

Livros (lidos ou em vias disso)

Tenho escritores de culto, dos quais procuro ler tudo o que escrevem.

São gostos, manias, vícios, curiosidades ou receio de este poder ser (ainda) melhor do que o anterior e eu o perder.

José Luís Peixoto é um desses. E aqui estou eu quase a terminar o seu último que, uma vez mais, não me desilude, antes me abre o apetite para o próximo.

"(...) Eu próprio, que sei mais do que fica escrito, tenho dúvidas imensas acerca de quem sou. Quanto mais tento conhecer-me, mais percebo o quanto falta para me conhecer. Quanto mais ilumino, mais consciência tenho das enormes distâncias que falta iluminar. (...)
(...) Porque escrevo?
Escrevo porque quero que os meus filhos saibam quem sou. Tenho esperança que estas palavras, misturadas com o que lhes mostro, sejam suficientes, sejam o máximo possível. Quero que me conheçam porque quero que se conheçam a si próprios.
Quando eu já não possuir palavras, espero que regressem a estas e lhes encontrem significados que, agora, são inacessíveis. Espero que estas palavras os abracem.
Escrever é a minha maneira de ser pai deles para sempre.(...)

O caminho imperfeito
Quetzal (2017)

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