Os instantes que não vivi junto do mar
Casa situada na cidade das Caldas da Rainha, "nascida" em 1976, numa rua sossegada, estreita e, desde Abril de 2009, com sentido único. Produção: dois frutos de alta qualidade que já vão garantindo o futuro da espécie com quatro novos, deliciosos. O blog é, tem sido ou pretendido ser uma catarse, o diário de adolescente que nunca escrevi, um repositório de estórias, uma visão do quotidiano, uma gaveta da memória.
quarta-feira, 26 de julho de 2006
Palavras bonitas
Os instantes que não vivi junto do mar
Foz do Arelho
quinta-feira, 20 de julho de 2006
Matemática
Fazia-me alguma confusão (própria da idade?) o facto de os estudantes terem tantas dificuldades em dominar a ciência dos números.
Descobri ontem, como diz um amigo meu, "a razão do porquê".
A culpa é da Matemática e não dos estudantes.
Explique-se o imbróglio: Na A.R. foi analisado e discutido o cumprimento orçamental do primeiro semestre de 2006; para uns, a despesa foi inferior ao orçamentado e, por isso, estamos de parabéns porque vamos no bom caminho; para outros, deu-se o inverso e, afinal, a despesa ultrapassou largamente o valor orçamentado, caminhando-se a passos largos para o abismo.
O leigo conclui: afinal a Matemática é uma ciência de "mais ou menos", "mais coisa, menos coisa", "anda por aí", uma vez que a soma das mesmas parcelas dá resultados completamente diferentes.
E depois querem que os estudantes tenham boas notas !!!
domingo, 16 de julho de 2006
Palavras bonitas
O Portugal futuro é um país
aonde o puro pássaro é possível
e sobre o leito negro do asfalto da estrada
as profundas crianças desenharão a giz
esse peixe da infância que vem na enxurrada
e me parece que se chama sável
Mas desenhem elas o que desenharem
é essa a forma do meu país
e chamem elas o que lhe chamarem
Portugal será e lá serei feliz
Poderá ser pequeno como este
ter a oeste o mar e a Espanha a leste
tudo nele será novo desde os ramos à raiz
À sombra dos plátanos as crianças dançarão
e na avenida que houver à beira-mar
pode o tempo mudar será verão
Gostaria de ouvir as horas do relógio da matriz
mas isso era o passado e podia ser duro
edificar sobre ele o Portugal futuro
segunda-feira, 10 de julho de 2006
Caldas da Rainha
- Continuar a ser da Rainha, num país que é republicano há quase cem anos?
- Não ter qualquer semáforo, provando a inutilidade deste equipamento na fluidez do trânsito?
- Ter quase tantas rotundas como a cidade do Ruas, o que manda correr à pedrada os fiscais do ambiente?
- Ainda não ter assinado o contrato com a EDP e ter uma iluminação pública óptima para se dançar o tango?
- Ter um Presidente da Câmara com uma capacidade física invejável, como provou na "corrida" que deu ao Primeiro Ministro Guterres?
- Ter concertos musicais com o trânsito a passar e o vento a assobiar?
- Ter um mercado medieval em permanência, que faz a inveja de muitos?
- Ter a praia mais bonita (Foz do Arelho) e um jardim admirável (Parque D. Carlos I)?
Embora as afirmações anteriores sejam todas verdadeiras, nenhuma delas é suficiente para fazer de Caldas da Rainha cidade única do país.
A razão é meteorológica, a saber: ontem, segundo os técnicos, foi o dia mais quente do ano. Hoje, a situação repetiu-se, aconselhando-se, até, muita cautela com a exposição solar e as possibilidades de desidratação.
Por cá, choveu de Domingo para Segunda e as altas temperaturas rondaram os 23 graus.
Só nas Caldas !!!
quinta-feira, 6 de julho de 2006
O meu neto
Ainda não lhe peguei, é verdade, mas não se pegam ao colo as pessoas grandes. É difícil e pode trazer problemas de coluna, cuja verticalidade devemos sempre preservar.
Verifiquei que já abre os olhos, espantado com a paisagem nova e desejoso de ver mais longe. Fundamental! Ver, claramente visto, mesmo nas zonas escuras que lhe hão-de surgir.
A sua voz já se faz ouvir! Reclama, com razão, a alteração da morada e o seu desconforto. Um afago, sossega. Aprendeu depressa!
Um dia destes vou conversar com ele, de homem para homem. Nada dessas lamechices de avô cota.
quarta-feira, 5 de julho de 2006
Mais um elemento
Desembarcou às 19H46, com tudo no sítio e uma grande vontade de marcar o seu terreno, chorando a plenos pulmões.
Fica o registo.