sábado, 25 de outubro de 2014

Quotidiano

O primeiro caderno do Expresso de hoje foi lido junto ao mar, na Foz do Arelho, numa manhã com um sol a lembrar Julho e as férias, uma água com temperatura de Verão e uma calmaria que permitiu meia dúzia de mergulhos saborosos e revigorantes, com a sensação que Sophia tão bem descreve:

LIBERDADE

Aqui nesta praia onde
Não há nenhum vestígio de impureza,
Aqui onde há somente
Ondas tombando ininterruptamente,
Puro espaço e lúcida unidade,
Aqui o tempo apaixonadamente
Encontra a própria liberdade.

Sophia de Mello Breyner Andresen

domingo, 19 de outubro de 2014

O presente e o futuro

Afinal, o futuro é hoje e urgente.
"Quem sente não consente"
Apesar de nos quererem mentecaptos, de nos massacrarem com o défice, a dívida, a crise e mais alguns "palavrões" de um vocabulário cada vez mais redutor, ainda há quem pense, e diga, bem alto, o que lhe vai na alma e onde devemos colocar as fichas para que a aposta do futuro possa ser ganha.
Vale a pena ouvir, e registar, a lição de Sampaio da Nóvoa ...

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Escola Rafael Bordalo Pinheiro

Hoje, nas notícias sobre o "caso BES" foi mostrada, uma vez mais, a fachada da sede do Banco em Lisboa, na Avenida da Liberdade.
Hoje passam 50 anos da abertura da "minha" Escola Rafael Bordalo Pinheiro e a associação de ideias que os "velhos" tanto gostam de ter trouxe-me à memória que, em 1965 ou 1966 (já não consigo precisar) estive naquele edifício, sede do então Banco Espírito Santo e Comercial de Lisboa, integrado numa visita de estudo organizada pela Escola e que nos levou também ao Instituto Nacional de Estatística e à Casa da Moeda. Um dos professores era Jorge Amaro, que nos extasiou com as "modernices" do BESCL e nos explicou como funcionavam os cartões perfurados do computador do INE, que ocupava toda a cave e onde trabalhava um antigo aluno da Escola - o Queirós. Na Casa da Moeda, apenas vimos como eram cunhados os dez tostões, os vinte cinco tostões e os cinco paus.
Mal sabia eu, naquela altura, que um dia haveria de ser bancário (que nunca mais se reforma) e que o BES dava o "estoiro" que deu.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Palavras simples

Acabei de ler Alabardas, o único romance que, se não houver "arca", Saramago iniciou e não teve tempo de terminar. Vem acompanhado de alguns apontamentos dos Cadernos e de dois textos da autoria de Fernando Gómez Aguilera e Roberto Saviano, para além de ilustrações de Gunter Grass.
Descontando a clara estratégia comercial da nova editora da obra do Prémio Nobel, é sempre saboroso mesmo sabendo a pouco, ler Saramago "novo".
Como ele dizia e Saviano relembra no texto "É o que as palavras simples têm de simpático, não sabem enganar".
Uma pequena amostra, com o respeito integral da grafia publicada:
"(...) Estou a ouvir, Li em tempos, não recordo onde nem exactamente quando, que um caso idêntico sucedeu na mesma guerra de espanha, um obus que não explodiu tinha dentro um papel escrito em português que dizia Esta bomba não rebentará, Isso deve ter sido obra do pessoal da fábrica de braço de prata, eram todos mais ou menos comunistas, Nessa altura parece que havia poucos comunistas, E algum que não o fosse, seria anarquista, Também pode ter sido gente da tua fábrica, Não temos cá disso, Braço de prata ou braço de ouro, o gesto é idêntico, com a diferença importante de que neste caso ninguém terá sido fuzilado, ao menos que se tivesse sabido, Ao contrário do que pareces pensar, não reclamo fuzilamento para os culpados de crimes como esse, mas apelo para o sentido de responsabilidade das pessoas que trabalham nas fábricas de armas, aqui ou em qualquer outro lugar, disse artur paz semedo, Sim, o mesmo tipo de responsabilidade que fez com que nunca tivesse havido uma greve nessas fábricas,(...)
José Saramago
Alabardas
Porto Editora  2014

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Quotidiano

Mudanças profissionais em perspectiva: para melhor, para pior, para tudo ficar na mesma?
Veremos!
Parafraseando o CEO do meu Banco:
- Não me peçam para ser adivinho nem perguntem o que vai acontecer no futuro. Nas condições actuais, três meses já é médio prazo.

Vai "melhorá", só pode, diz o povão brasileiro, com a visão optimista da vida, que eu corroboro.
Amanhã é outro dia, positivo pela certa.
Hoje foi o Dia Mundial da Música e o Dia Internacional do Idoso.
Coincidências ...