terça-feira, 27 de outubro de 2009

domingo, 25 de outubro de 2009

Mobilidade

O "fotógrafo" passou por lá e registou... na Rua Ilídio Amado, junto ao Centro de Artes, local aprazível, que convida ao passeio, à meditação e que, nesta altura, tem medronhos muito saborosos, uma paragem do TOMA, que ocupa o passeio e mal deixa espaço para a passagem de uma pessoa.

Carrinhos de bébé e cadeiras de rodas terão de utilizar a estrada, com os perigos e os inconvenientes que daí decorrem.

Para corrigir, teria sido suficiente recuar dois metros e eliminar um dos lugares do estacionamento, que raramente estão ocupados.

A (in)sensibilidade a marcar pontos!

domingo, 18 de outubro de 2009

Domingo de Outono


Não há vento, o sol pinta o mar de verde esmeralda (ou será azul marinho?), as ondas da maré vazia espraiam na areia, quase pedindo desculpa por a molestarem. É a Foz no seu melhor ... mas estamos em meados de Outubro!

Linda manhã!

E que bem que soube o mergulho e as braçadas no Atlântico com temperatura de Julho.

Refrescaram-se as ideias, esqueceram-se os problemas, leram-se uma páginas, passeou-se na areia e ouviu-se a "sinfonia marítima", no sossego de uma sala quase sem espectadores.

sábado, 17 de outubro de 2009

Palavras bonitas

DEPOIMENTO

Deponho no processo do meu crime.
(Sou testemunha
E réu
E vítima
E juiz).
Juro
Que havia um muro,
E na face do muro uma palavra a giz.
Merda ! - lembro-me bem.
- Crianças ... - disse alguém
Que ia a passar.
Mas voltei novamente a soletrar
O vocábulo indecente,
E de repente,
Como quem adivinha,
Numa tristeza já de penitente,
Vi que a letra era minha ...

Câmara Ardente
Miguel Torga
Gráfica de Coimbra (1995)

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Livros (lidos ou em vias disso)

Não serve de desculpa para a ausência do Blog, mas (também eu) estou a ler o 2666, ainda que há muito pouco tempo.

Das 1030 páginas, li pouco mais de 100! A empreitada pressupõe tempo e paciência ... espero que compense!

"Que cavalos são aqueles que fazem sombra no mar? " está na fila, mas, para este, é preciso, para além do tempo, que os níveis de concentração voltem ao normal e que a "pinha" esteja desocupada.

Voltando ao 2666: peguei-lhe há pouco, aproveitando um pequeno espaço, e deparei com a descrição que abaixo reproduzo a qual, pasme-se, versa um assunto que tinha sido tema na conversa de hoje em casa do meu neto.

"(...) Durante muito tempo esqueceram-se das suas viagens semanais a Londres. Esqueceram-se de Pritchard e da Górgona. Esqueceram-se de Archimboldi, cujo prestígio crescia à margem deles. Esqueceram-se dos seus trabalhos, que escreviam de forma rotineira e desabrida e que mais do que trabalhos seus eram dos seus discípulos ou de professores auxiliares dos seus respectivos departamentos recrutados para a causa archimboldiana à base de vagas promessas de contratos como efectivos ou aumentos de salário.(...)

2666
Roberto Bolaño
Quetzal (2009)