sexta-feira, 27 de abril de 2018

Livros (lidos ou em vias disso)

O meu amigo ADS emprestou-me, há meia dúzia de dias, dois livros que eu não conhecia.

Um deles, conta a história da recuperação dos tesouros roubados pelos nazis na II Grande Guerra (Os homens dos monumentos, de Robert M. Edsel), inspirou o filme Os caçadores de Tesouros e já está no saquinho para devolver ao dono; o outro, é uma reedição do nosso Raúl Brandão, onde ele conta uma viagem feita aos Açores em 1924.

Hoje deparei-me com isto:

"- A gente na vida deve jogar sempre pelo seguro. Eu cá não faço nada sem consultar primeiro minha mulher. Ouço sempre aquela santa. Noutro dia tinha de fazer um barco, estava irresoluto, fui ter com ela e perguntei-lhe: - Ó mulher, faço um barco ou uma canoa?
- Pois faz o que quiseres.
- Isso sei eu! Mas sempre quero saber a tua opinião.
- Eu dessas coisas não percebo nada.
- Mas responde ao que te pergunto: faço um barco ou uma canoa?
- Pois já que teimas, acho que deves fazer uma canoa.
- Fiz um barco - já sabe. Porque a gente deve consultar sempre as mulheres - para fazer o contrário do que elas dizem.

As Ilhas desconhecidas
Raúl Brandão
Quetzal (2017)

Comentário machista: Em 1924 os homens já eram muito inteligentes ...

quarta-feira, 25 de abril de 2018

25 de Abril

Em mais um aniversário, a actualidade de José Afonso, com a Utopia do álbum Como se fora seu filho, de 1983, mantém-se.

terça-feira, 17 de abril de 2018

Aula

O meu amigo VB fez-me chegar esta pérola, que interiorizei e me confrontou com a pergunta: será que consegui fazer sempre as coisas importantes? Tentar, tentei ...

quarta-feira, 11 de abril de 2018

Livros (lidos ou em vias disso)

Tenho escritores de culto, dos quais procuro ler tudo o que escrevem.

São gostos, manias, vícios, curiosidades ou receio de este poder ser (ainda) melhor do que o anterior e eu o perder.

José Luís Peixoto é um desses. E aqui estou eu quase a terminar o seu último que, uma vez mais, não me desilude, antes me abre o apetite para o próximo.

"(...) Eu próprio, que sei mais do que fica escrito, tenho dúvidas imensas acerca de quem sou. Quanto mais tento conhecer-me, mais percebo o quanto falta para me conhecer. Quanto mais ilumino, mais consciência tenho das enormes distâncias que falta iluminar. (...)
(...) Porque escrevo?
Escrevo porque quero que os meus filhos saibam quem sou. Tenho esperança que estas palavras, misturadas com o que lhes mostro, sejam suficientes, sejam o máximo possível. Quero que me conheçam porque quero que se conheçam a si próprios.
Quando eu já não possuir palavras, espero que regressem a estas e lhes encontrem significados que, agora, são inacessíveis. Espero que estas palavras os abracem.
Escrever é a minha maneira de ser pai deles para sempre.(...)

O caminho imperfeito
Quetzal (2017)