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segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

Diálogo surreal

- Vou-me embora. Estou farto!

- Tem calma. Espera mais um pouco. O tempo que já levas por aqui não te ensinou que "as cadelas apressadas parem os filhos cegos"?

- Lérias. Sempre os ditados populares na ponta da língua para justificar tudo e nada.

- Claro. Há sempre um adequado a cada situação, por mais inverosímil que possa parecer.

- Eu que, como a grande maioria, sou "achista", acho que deves permanecer mais um pouco. Afinal de contas, "assinaste" contrato até à meia-noite de amanhã e, por aqui, os contratos são para cumprir ... pelo menos para alguns.

- Acredito que haja sinceridade nesse pedido e que não te importes de me aturar mais um pouco. Mas olha que há por aí muita gentinha a querer ver-me pelas costas e a desejar ardentemente que o meu substituto traga maravilhas para todos.

- Volto a dizer-te: tem calma e não fiques deprimido. Afinal de contas, sabes bem que "vozes de burro não chegam ao céu" e que, sempre, "atrás de mim virá quem de mim bom fará".

Estamos todos à espera que 2025 traga paz na Ucrânia e na Palestina, no Sudão, em Moçambique, e em todos os sítios onde a "lei da bala" impera. E que, no seu bornal, o Novo Ano traga o remédio para acabar com a miséria e a fome e termine com a exibição do luxo e da riqueza da forma ofensiva que tem vindo a verificar-se.

Lérias! Sabemos todos que nada disto acontecerá em 2025. Mas ... "a fé é a última coisa que se perde" e, bem lá no fundo, todos desejamos que o Novo Ano seja ... o melhor possível.

domingo, 1 de janeiro de 2023

Novo Ano

Cheguei!

Dei hoje início a uma longa caminhada, que faço votos decorra sem pedras no caminho, sem escolhos, sem atrapalhações, sem habilidades ou tratos de polé, sem ódios, sem atropelos, sem comportamentos miseráveis, sem chico-espertices, sem aproveitamentos, sem violência clara ou encapotada, sem discriminações.

Tenho consciência do lirismo que estas palavras encerram e que corro o risco (ou tenho a certeza) de que, em Dezembro, ao verificar o balanço final, dele constarão insucessos, os quais, como tem acontecido com os meus antecessores, serão mais do que as coisas boas que, naturalmente, irão surgir.

Ainda assim, vale a pena manter a esperança de que haverá um esforço universal para que muita coisa melhore e se consiga que o todo seja maior do que a simples soma das partes.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

Passagem do ano

O Inverno tem destas coisas. Tão depressa chove desalmadamente como, de repente, o Sol brilha e corre com todas as nuvens do céu, o frio obriga a procurar os agasalhos, o vento fustiga as orelhas e a ponta do nariz e determina que as mãos andem nos bolsos ou protegidas com boas luvas. Nunca se está preparado para o que esta inquietante estação do ano nos oferece, sempre com imprevisibilidade e surpresa. Até no Governo, aconteceram coisas que ninguém, na Primavera, pensava serem possíveis surgir.

Ao contrário, o calendário repete-se fastidiosamente, sem quaisquer alterações, com os meses a seguirem-se uns aos outros, sempre da mesma maneira e com o final de cada ano a chegar, inevitavelmente, no último dia deste mês de Dezembro, sem surpresa para ninguém e com a rotina a impor as suas regras.

2022 está a chegar ao fim, tal como aconteceu com os seus antecessores, e irá dar lugar ao Novo Ano, que surgirá, a julgar pelos votos que abundam por todo o lado, com o melhor dos mundos embrulhado em papel de lustre, uma fitinha e um laço enorme, a paz e a harmonia em quantidades imensas. Ocorrerá o fim das desigualdades e da exploração, a julgar pelas vontades bem expressas nas formulações.

2023 surgirá ao som dos foguetes e à luz do fogo de artifício, comer-se-ão as passas dos desejos, beber-se-á a flute de champagne da Anadia, bater-se-ão as tampas das panelas e dos tachos, gritar-se-ão vivas e urras, tudo serão rosas sem um único espinho, nem sequer na formulação.

No dia seguinte, surgirão as lamentações, as realidades, o tudo e o nada, o calor e o frio, o vento e a chuva, o gelo e a ebulição. Mais do mesmo, num eco que se vai repetindo e para cuja melhoria muito poucos dão alguns passos.

Uma boa passagem de ano e um 2023 cheio de coisas óptimas e de sonhos concretizados!

sábado, 1 de janeiro de 2022

Ano Novo

O mar enrola na areia,
ninguém sabe o que ele diz.
Bate na areia, desmaia,
porque se sente feliz!
 
Não há alteração. O novo ano, afinal, não trouxe nada de novo. 
Tudo permanece igual e bonito, como  sempre. Até o tempo fez questão de transmitir, na sua linguagem clara de voz omnipotente:

- Contem comigo. Vou ser melhor, podem ter a certeza. Ofereço azul e temperatura amena ... nos dias em que não carregar o céu de cinzento, abrir as portas ao vento e der ordens para que lágrimas fortes ou meiguinhas caiam nesta terra abençoada.

O Baleal mantém-se lá ao longe, talvez à distância de uma vintena de quilómetros junto à costa. As Berlengas estão no sítio do ocaso, onde gostam de morar para usufruírem da beleza do sol a esconder-se, enrolando-se na noite.

E o mar? Bem, o mar tem a espuma do costume e a cor de sempre, que os meus olhos nunca conseguem determinar se é verde azulado ou azul esverdeado. A dúvida é resultado do mau funcionamento dos meus olhos, não do oceano que é atlântico e sublime.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Ano Novo

Está a acabar!
Com a "troika", a diminuição do fogo de artifício na passagem, a redução do subsídio de Natal, a demissão de Sócrates, a ascensão de Passos, a passividade de Cavaco, o apuramento da selecção, "com tranquilidade", a dívida, o défice, as privatizações, o BPN, o Lima e o Loureiro, os chineses, os alemães, os franceses, os gregos, os irlandeses, (parece a cantilena da primária, com os Vândalos, os Suevos e os Alanos), está a dar as últimas, como acontece desde que existe o calendário com esta configuaração.
Vem aí o Novo, que será bom se se cumprirem os desejos de todos para todos, será assim assim para alguns, péssimo para muitos e óptimo para um número reduzido de vivaços. Trará o novo acordo ortográfico (vamos lá a ver se me habituo) e a crise, a sério. 
Cá estaremos para a enfrentar, com a ajuda daqueles que, durante estes anos de fartura, encheram o baú, para, agora, solidários, redistribuir. Das poupanças que essa gente cautelosa fez, beneficiará agora esse conjunto de gastadores que não pensaram no futuro e gastaram à tripa forra ...
Tal como antigamente, se não existisse gente que de nós tomasse conta, onde iríamos parar!
Bom Ano para todos! 
2012 vai ser ótimo!!!!

sábado, 1 de janeiro de 2011

Rotinas

Chegou o Ano Novo, que trouxe consigo as rotineiras formulações de votos para que haja muita saúde, paz, harmonia; que as guerras acabem, que a fome desapareça, que aconteça mais solidariedade, que as pessoas se entendam. As mensagens chegam pelas mais diversas vias: SMS, correio electrónico, de viva voz, nos discursos do poder e no poder das entrevistas, etc, etc..

Apesar da sinceridade destes votos não dever, na sua grande maioria, ser posta em dúvida, daqui a doze meses estaremos a fazer o balanço e, infelizmente, iremos encontrar um aumento do desemprego, do número de pessoas para quem a fome é visita de casa, dos que não têm casa nem sequer para essa visita, das convulsões sociais e, inevitavelmente, da criminalidade.

Cá estaremos para constatar a evolução e o comportamento de 2011 para, quando ele partir, lhe cobrarmos o que não nos deu e perspectivarmos, de novo, um 2012 cheio de paz, harmonia, solidariedade e progresso.

Valha-nos a rotina da Foz, que continua e continuará bonita e a convidar para um mergulho, que a falta de coragem não deixou, hoje, concretizar.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

ANO VELHO, ANO NOVO

Está a chegar ao fim, mas foi duro ...
No fundo, talvez igual a tantos outros; as gavetas da memória estão acamadas de passado e apenas surgem as "roupas de cima".
Depois do virar que acontece, com duas horas de avanço, lá longe, no berço da civilização, onde está uma parte de nós, contam-se os últimos segundos cá no cantinho...
Surge o Novo, prenhe de desejos, expectativas, efabulações, esperanças, que o futuro começa sempre amanhã e ... vai ser melhor.
Viva 2010!
Bom Ano para todos!