segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Ironia do destino

De acordo com as notícias de hoje, o Governo vai:

  • capitalizar o BPN, injectando-lhe mais 500 milhões de euros do erário público;

  • adiar a venda, por não haver interessados;

  • substituir a actual administração, oriunda da CGD, por outra que, nos próximos anos, crie condições para o Banco ser, de novo, posto à venda.

Os problemas que afectam, nesta altura e por todo o mundo, a actividade bancária, não são de molde a encontrar muita gente disponível para um fardo destes, ainda por cima com a missão de "engordar o porco", para que possa ser vendido quando o negócio se tornar interessante e o mercado apresentar interessados.

Por isso, talvez fosse melhor o Governo não se cansar a procurar muito e voltar a chamar Oliveira e Costa e Dias Loureiro para retomarem as rédeas do Banco. 

As vantagens desta solução seriam inúmeras, mas merecem destaque as seguintes:

  • Os aqui propostos conhecem o Banco e os seus problemas melhor do que ninguém;

  • Têm uma excelente carteira de contactos, em Portugal e no estrangeiro, que lhes permitiriam recuperar rapidamente os clientes interessantes, que abandonaram o Banco aquando da intervenção do Estado;

  • Estão de licença sabática há muito e, por isso, terão tido tempo bastante para estudar as regras prudenciais de gestão que a actividade envolve e necessita.

1 comentário:

J.L. Reboleira Alexandre disse...

Vindo de alguém que conhece o ramo, como o autor do blog, só posso concordar com a ideia....

Festas Felizes para a «casa» e... continua sempre. Portugal desaprendeu a arte de fazer uma crítica válida, séria mas também mordaz, como «antigamente».

Abraço

Reboleira