No muro, algum contestatário meio "anarca" ou a recordar os idos tempos do PREC (para quem é mais novo, iniciais do Processo Revolucionário Em Curso, em 1975), escreveu:
- NÃO À CRISE!
A cor diferente, um esperto zelador da língua, talvez conservador ou diligente "educador", colocou um H antes do "à", não tocando, todavia, no acento.
Deixando de lado a acentuação, com a qual já pouca gente se preocupa, resultou que a primeira mensagem, que pretendia ser de alerta, chamamento, voz de revolta, foi, com um simples H, transformada radicalmente numa afirmação peremptória:
- NÃO HÁ CRISE!
E ambas cumpriram a sua função, com a subtileza, bela, que tem a língua portuguesa.
1 comentário:
No tempo em que ainda nos preocupávamos com o HÁ ou o À. Isso, tal como o PREC, faz tudo parte do passado.
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