quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Penamacor - Vila Madeiro


Os meus amigos lá me aturaram uma vez mais em Penamacor, aproveitando o fim de semana prolongado pelo dia santo que ainda se mantém. Muito frio, ao contrário da última vez, em que choveu a "potes". O Portugal profundo, com as tradições, a vida pacata, o sossego, a hospitalidade, a simpatia, o descanso.
A festa do Madeiro deslumbra sempre, pela quantidade de árvores que são arrancadas e transportadas para uma pilha junto à igreja, que se tornará em fogueira de Natal na noite de 23 para 24 de Dezembro. Dezassete tractores e camiões, carregados até mais não poderem, sobem a rua principal e aguardam a sua vez de descarga. Entretanto, o vinho, as filhós, a jeropiga, o queijo, os licores, a música, a alegria e a participação de gente de todas as idades, indescritível. 
E antes, os "borrachões" de S. Miguel de Acha, o queijo de Benquerença, a Sortelha, os Escalos, a Serra da Malcata, a Meimoa e o Meimão, a Idanha, Monsanto e a Espanha ali a dois passos, a feijoada e o caldo verde na Senhora do Incenso, os restos da Igreja Matriz, cujas pedras o padre vendeu há séculos, a paisagem do Castelo, as ruas íngremes, as gentes da Vila Madeiro, em festa feita, como é da tradição, pela "malta" que nasceu há vinte anos!
Na ida, o M.V., condutor distraído pela minha conversa, levava o pé pesado e encontrou um "amigo" de mota que o convidou a sair da auto estrada e a fazer uma pausa, para descanso, tudo isto por uns meros 120,00 Eur e os votos de Bom Natal. Malhas que os radares tecem!
Fica a recordação, que vai fazer companhia a uma outra, em Cerveira, com um vidro partido e um GPS a "escapar-se" do porta luvas e mais de três horas na GNR para fazer a participação.

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