Terminada há pouco uma viagem pelo Porto do século XIX, caracterizando a nobreza decadente e a ascendência da burguesia, numa linguagem camiliana e uma eloquência cativantes.
"(...) Não pensem que um escritor consciencioso escreve uma linha só que seja com o intuito de encher papel; que invente um episódio para seu recreio: tudo aqui vem a propósito, desde o facto mais somenos ao pormenor de maior vulto, e os leitores que esquadrinham os fins e suspeitam uma ideia em cada palavra impressa acharão neste romance demonstrações de que os grandes acontecimentos da vida, que fazem pasmar o mundo, são como os nevões: um floco de neve que rola do cimo das montanhas ao chegar às fraldas destrói casas e plantios, embrulha vidas humanas e rompe o equilíbrio das coisas."(...)
Rio do esquecimento
Isabel Rio Novo
D. Quixote (2016)
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