Foram vários (seria "pecado" dizer muitos) os livros com que me deliciei nestas férias. Do "Amor em Lobito Bay", de Lídia Jorge ao "Macaco infinito" de Manuel Jorge Marmelo, passando por "Vamos comprar um poeta", de Afonso Cruz, por Mário Vargas Llosa (Cinco esquinas), Maria Teresa Horta (Anunciações), Pepetela (Se o passado não tivesse asas), pelos "Navios da noite" de João de Melo e pelas inquietudes das mulheres do "velho" Camilo, foram uns milhares de páginas que me distraíram, inquietaram e me deram prazer.
Quase no fim, senti-me de novo na adolescência com os "Contos de cães e maus lobos", de Valter Hugo Mãe, dos quais ficam aqui pequenos exemplos da beleza das palavras, quando são bem tratadas.
As mais belas coisas do mundo
"(...) Convenci-me que as coisas mais belas do mundo se punham como os mais profundos e urgentes mistérios. Eram grandemente invisíveis e funcionavam por sinais dúbios que nos enganavam, devido à vergonha ou à matreirice. O que sentem as pessoas é quase sempre mascarado. Deve ser como colocarem um pano sobre a beleza, para que não se suje ou não se roube, para que não se gaste ou não se canse.(...)"
Bibliotecas
Valter Hugo Mãe
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