Hoje é (era) o Dia da minha mãe.
Faria 96 anos, se ainda por cá estivesse,
CANTO ROUCO
Antes que perca a memória
das pedras do adro,
antes do corpo ser
um sopro e quebrado
ramo sem água,
devolvei-me o canto
rouco
e desamparado
do harmónio da noite.
Mãe!,
desamparado na noite.
Eugénio de Andrade
Poesia
Fundação Eugénio de Andrade (2000)
1 comentário:
E que falta faz...
Enviar um comentário