Já passam hoje 4 anos da partida do meu pai e ainda parece que foi ontem.
VOZEra uma voz que doía,Mas ensinava.Descobria,Mal o seu timbre se ouviaNo silêncio que escutava.Paraísos, não havia.Purgatórios, não mostrava.Limbos, sim, é que diziaQue os sentia,Pesados de covardia,Lá na terra onde morava.E morava neste mundoAquela voz.Morava mesmo no fundoDum poço dentro de nós.
Libertação
Miguel Torga
Gráfica de Coimbra (1978)
1 comentário:
...E ainda parece que foi ontem.
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