sábado, 1 de janeiro de 2022

Ano Novo

O mar enrola na areia,
ninguém sabe o que ele diz.
Bate na areia, desmaia,
porque se sente feliz!
 
Não há alteração. O novo ano, afinal, não trouxe nada de novo. 
Tudo permanece igual e bonito, como  sempre. Até o tempo fez questão de transmitir, na sua linguagem clara de voz omnipotente:

- Contem comigo. Vou ser melhor, podem ter a certeza. Ofereço azul e temperatura amena ... nos dias em que não carregar o céu de cinzento, abrir as portas ao vento e der ordens para que lágrimas fortes ou meiguinhas caiam nesta terra abençoada.

O Baleal mantém-se lá ao longe, talvez à distância de uma vintena de quilómetros junto à costa. As Berlengas estão no sítio do ocaso, onde gostam de morar para usufruírem da beleza do sol a esconder-se, enrolando-se na noite.

E o mar? Bem, o mar tem a espuma do costume e a cor de sempre, que os meus olhos nunca conseguem determinar se é verde azulado ou azul esverdeado. A dúvida é resultado do mau funcionamento dos meus olhos, não do oceano que é atlântico e sublime.

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