quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

Primeiro Ministro na China

Fazendo uso da velocidade que o caracteriza, no raciocínio como no carro, o Ministro da Economia exortou os empresários chineses a investirem em Portugal, por existirem por cá excelentes condições para poderem rentabilizar os seus investimentos.
De entre as condições enumeradas por Sua Excelência, mereceram especial destaque os custos da mão de obra portuguesa, por serem dos mais baixos da Europa. E, todavia, Sua Excelência esqueceu-se de referir que somos um povo que adora arroz, qualidade que permitirá proporcionar ainda maior rentabilidade aos negócios chineses.
Para isso, basta que no salário de cada um seja incluída uma parte de pagamento em espécie, consubstanciada numa tijela diária do dito cereal, produzido na China ao "preço da chuva", graças ao trabalho incansável e barato de milhões de chineses.
Toda a gente fica a ganhar: os chineses aumentam as exportações de arroz e os lucros repatriados; o Ministro continua Ministro graças à melhoria do desempenho da economia; os portugueses garantem trabalho e comida e, com alguma sorte, ficarão de "olhos em bico" perante tanta clarividência.

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