quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Crise (5)

Nos recentes desenvolvimentos da crise financeira têm aparecido vozes importantes, daquelas que fazem e têm opinião sobre tudo e sobre nada, a pedir a "cabeça" do Governador do Banco de Portugal e a justificar os acontecimentos no BCP e no BPN com a legislação fraca ou inexistente.

Pretenderão legitimar o "criminoso" mandando prender o "polícia"?

Bem a propósito, três quadras de António Aleixo (1899-1949), poeta popular algarvio, quase analfabeto.

Vem da serra um infeliz
vender sêmea por farinha:
Passado tempo já diz:
- Esta rua é toda minha.

Deixam-me sempre confuso
as tuas palavras boas,
por não te ver fazer uso
dessa moral que apregoas.

És um rapaz instruído,
És um doutor; em resumo:
És um limão, que espremido,
Não dá caroços nem sumo.

Este livro que vos deixo
António Aleixo
Vitalino Martins Aleixo (1975)

1 comentário:

Anónimo disse...

Lia ontem num jornal da terra que o BPP pensava pedir uns milhões ao Citi para regularizar a sua situação. Na minha aldeia, se bem me lembro, dizia-se: Diz o roto para o mal vestido...

Para os moçoilos casadoiros e ambiciosos: um bom «partido» é a ex-mulher do Ó Costa.