EIS-NOS AQUIEis-nos aqui, sentados à lareiraDo desespero.O borralho ideal vai-se apagando,Enquanto o vento da realidadeSopra lá fora.É esta a nossa horaDe amorOu de traição?Porque fechamos todas as portasDo coração,Entanguidos de frio e de terror?Se o temporal entrasse,Talvez a labareda se ateasseE nos desse calor ...
Cântico do Homem
Miguel Torga
Gráfica de Coimbra (1974)
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