sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Manifesto, revolta ou realismo

Já antes tinha "postado" sobre os Deolinda

Aquando do primeiro trabalho apresentado e após um excelente concerto nas Caldas, disse o que me ia na alma aqui.

Dois anos depois, por alturas do lançamento do segundo CD, voltei a manifestar-me aqui.

Agora, enquanto se aguarda um novo trabalho discográfico, aparece outra surpresa deste grupo, que transporta ar fresco e qualidade musical, juntando a isso letras incisivas, que espelham criticamente o que vai por cá, numa demonstração de que, afinal, há jovens com espírito, irreverência e qualidade, que nos cabe escutar e que merecem ser ouvidos.

Dos recentes concertos ao vivo, mais um "hino" dos Deolinda:

Porque a qualidade do vídeo é fraca, fica a letra enquanto o grupo não grava a canção em melhores condições técnicas.

Sou da geração sem remuneração
e não me incomoda esta condição.
Que parva que eu sou!
 
Porque isto está mal e vai continuar, 
já é uma sorte eu poder estagiar.
Que parva que eu sou!

E fico a pensar, que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.
Sou da geração casinha dos pais,
se já tenho tudo, pra quê querer mais?
Que parva que eu sou!

Filhos, maridos, estou sempre a adiar
e ainda me falta o carro pagar
Que parva que eu sou!

E fico a pensar, que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.
Sou da geração vou queixar-me pra quê?
Há alguém bem pior do que eu na TV.
Que parva que eu sou!

Sou da geração eu já não posso mais
que esta situação dura há tempo demais
E parva não sou!

E fico a pensar, que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.

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