domingo, 13 de março de 2011

Fim de semana

Está a terminar ...
Foi bem preenchido e atarefado. Ainda na sexta-feira, uma correria para chegar a tempo ao jantar dos amigos com quem reúno às segundas sextas de cada mês. Refeição à pressa, com a actualização das conversas por entre os bocados de chouriço assado, as moelinhas, o queijinho fresco com oregãos e outras iguarias que o estômago detesta e as papilas gustativas adoram, antecedidas por um sopinha de feijão com hortaliça que caiu como "sopa no mel". Às 21H15 um toque no telemóvel indicava que a viatura e a "motorista" já me aguardavam, para rumar ao CCC. O Grupo de Teatro O Bando apresentava, em estreia, Pedro e Inês, uma peça escrita por Miguel Jesus, com o título Inês Morre. Os históricos amores do rei justiceiro e da castelhana coroada rainha depois de morta não foram suficientes para aquecer o ambiente do CCC, que continua gelado, mantendo o ar condicionada avariado há vários meses.
As rotinas habituais de sábado, a visita do neto perturbada pela má disposição que a chegada da febre já lhe provocava e, à noite, de novo o teatro e mais uma estreia do Teatro da Rainha: Kabaret Keuner e outras histórias, de Bertolt Brecht. Um conjunto de histórias, escolhidas e interpretadas pelo Zé Carlos Faria, sozinho em palco, numa encenação de Fernando Mora Ramos.
Extraordinário! Textos com quase 100 anos e uma actualidade incrível, um Zé Carlos Faria soberbo a tocar banjo, a cantar e a interpretar, numa peça para recordar e a não perder.
Entretanto, já tinha acabado o desfile daquela massa de gente - seriam 200.000 - que se havia deslocado a Lisboa a representar todos os que estão à rasca. Desta vez e ao contrário do que sucedeu em Viseu, Sócrates não convidou ninguém para jantar nem opinou sobre a possibilidade de ser uma brincadeira de carnaval no "sambódromo" da Liberdade que, apesar da crise, da inevitabilidade do FMI, dos mercados , dos cortes, das ironias, "está a passar por aqui". 

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