domingo, 30 de dezembro de 2012

2012 / 2013

O ano de 2012 está de abalada e não voltará. 
Não conseguiu as equivalências necessárias à licenciatura, não colou cartazes, não obteve qualquer diploma e, porque foi negligente e incompetente, não conseguiu emprego. Não tendo trabalho, também não tem direito ao subsídio de desemprego. Ainda pensou recorrer ao RSI mas desistiu, por não conseguir provar a sua indigência.
A decisão de partir é irreversível e foi tomada depois de muito ponderar, durante 366 dias, nos quais se viu vilipendiado, injuriado, enxovalhado, culpado, condenado, sem qualquer desculpa ou remissão.
Para que o trono não fique vazio, à meia-noite de 31 de Dezembro de 2012 surgirá o ano de 2013, legitimado pelo direito consuetudinário que garante esta substituição desde que Cristo nasceu.
Por cá, continuaremos na mesma, à espera de Godot, perdão, de Cavaco, de Seguro, de Barroso, de Dragui ou de Merkel, penitenciando-nos diariamente pelos erros que cometemos, por termos vivido acima das nossas possibilidades, termos adquirido, em transacção particular, umas acções do BPN que permitiram uma vivendita nos Algarves, termos contraído uns financiamentos no mesmo Banco que, em resultado da crise, agora não conseguimos cumprir, termos negociado com marroquinos, passado férias em Cabo Verde e fundarmos por lá um Banco fantasma, enfim o povinho viveu "à grande e à francesa" e agora não quer suportar os castigos que aqueles que sempre nos avisaram e nos deram bons exemplos, são forçados a impor-nos.
Valha-nos isso: continuamos a ter gente disponível para, com sacrifício, tomar conta de nós e aconselhar-nos para que sejamos bem comportados, atentos e obrigados. Falta-nos o "A Bem da Nação" mas sobra-nos o Facebook.
Cumprindo o ritual, BOM ANO para todos e, quando estiverem deprimidos ou cansados dos castigos, leiam e ouçam Ricardo Araújo Pereira, aqui, aqui e em todo o lado onde for possível. Não há muito disto!!!

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