Costumo dizer que uma das minhas poucas qualidades é ser muito teimoso. E é verdade: gosto de uma boa polémica, adoro contraditar, defendo as minhas ideias com toda a energia e convicção.
Vem isto a propósito de, esta semana, ter encetado uma discussão, pacífica, sobre o adjectivo "obrigado" e a forma correcta de o aplicar.
A A.L. defendia que o adjectivo devia ser utilizado no feminino se dito por uma mulher e no masculino, quando pronunciado por um homem. A R.R. contraditava, parecendo-lhe que o correcto era sempre "obrigado". O M.R. não tinha certezas e estava virado para a abstenção. Teimoso, eu argumentava que se devia dizer sempre "obrigado" e, para justificar o meu argumento, ilustrava com uma frase:
- A menina não se sinta obrigada a dizer obrigado sempre que lhe oferecem flores!
A A.L. mantinha-se irredutível. O seu professor de português tinha-lhe ensinado a regra, há muitos anos, e nunca se tinha esquecido.
Comecei a duvidar de mim e cedi:
- Quando chegar a casa, vou confirmar!
És homem? Sê delicadoE agradece, cortêsSempre com um "obrigado",Pra falares bom português!Porém, a recusa delicadaDa menina esbelta e fina,Será sempre: não, obrigada,Por a voz ser feminina! "
1 comentário:
Com que então teimosinho. Mas olha que a nossa professora de Português era a mesma. Como a tua amiga, eu também nunca esqueci. Mas isso agora,é como aquela história do à e do há. Já ninguém liga. Coisas de velhos!
Abraço.
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