sábado, 2 de novembro de 2024

Olhares

Eu não tenho vistas largas
Nem grande sabedoria.
Mas dão-me as horas amargas
Lições de filosofia.

António Aleixo

Por aqui, no sossego do Bairro, brilha o sol,  a temperatura está agradável, a relva pede corte, as flores riem-se e o pensamento vai para a tragédia que se abateu sobre as terras de Valência. E se?

Vamos à Foz, onde o mar está chão e os muitos surfistas buscam uma ondita e nem a vislumbram. As ilhotas de areia cada vez ocupam mais espaço da Lagoa e os telhados dos bares da avenida, muitos ainda de amianto, obrigam a que os olhos se mantenham fixos lá bem longe, no horizonte, e tentem descortinar a Berlenga.

Um imenso mau gosto, temperado com lixo e outras porcarias à volta de quase todos os estabelecimentos que aguardam os fregueses para o almoço. No entretanto, vão agredindo quem lhes olha para as traseiras e vê o nojo que por ali vai.

Olhemos o mar!!!