terça-feira, 11 de março de 2025

Memórias

O dia permanece na minha memória como se fosse ontem, ou melhor, aparece sempre no "ecran" do  meu "computador", e bem mais nítido do que aquilo que ontem fiz.

Dizem os entendidos que é normal. À medida que os anos vão passando, as gavetas antigas da memória surgem à tona, bem abertas, e escamoteiam as modernices que aconteceram nos últimos tempos. No recente, a gaveta desaparece e nem sequer o móvel se nota.

Já lá vai meio século. Tudo se alterou e os olhos de hoje não servem nem podem "ver" claramente "visto" aquilo que se sentiu nesse tempo. Porém, a gaveta tem este vício de se continuar a mostrar anualmente.

O perigo, nessa época, vinha de cima, duns helicópteros que rosnavam a bom rosnar e voavam quase a rasar os telhados mais altos. Por mais inconsciente que se fosse, havia um buraquinho ao fundo das costas ...

Agora são drones, silenciosos, e bem mais perigosos!

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