
Há muitos, muitos anos, tive um professor que dizia, com alguma frequência que "quanto mais sabemos, mais ignorantes somos".
Perante a perplexidade do aparente paradoxo, ilustrava, no quadro ou no primeiro papel disponível, o seu ensinamento, desenhando, primeiro, uma pequena circunferência, na qual colocava dois raios que formavam um quarto de círculo. De seguida, desenhava uma nova circunferência, bem maior do que a primeira, e nela inscrevia, também, um quarto de círculo.
As circunferências ilustravam a dimensão dos campos de conhecimento, os quartos de círculo, a nossa sapiência (!?) e a conclusão era óbvia: à medida que o campo de conhecimento aumentava, o saber era maior, mas a área do desconhecido aumentava muito mais, verificando-se, de ciência certa, que o saber completo é inatingível e que, todos os dias, em todas as áreas, encontramos alguém que sabe alguma (muita) coisa que ignoramos.
Síntese: Aquele que pensa que sabe tudo, não é sapiente, é "sabão": meia dúzia de "lavadelas" e o "sabão" derrete-se.
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