sábado, 20 de junho de 2009

País difícil

De manhã, o barbeiro, comentando a SIC Notícias:
" O melhor era que as eleições fossem todas no mesmo dia: as autárquicas, as dos deputados e ... as do Benfica. Havia muito mais gente a votar ..."
À tarde, no Expresso, Miguel Sousa Tavares, põe, uma vez mais, o dedo na ferida:
"... A mediocridade há-de sempre querer que o nivelamento se faça por baixo. Há-de sempre querer afastar critérios que assentem no mérito, no trabalho, no talento, na honestidade, nos valores. O que distingue um país com futuro de outro que o não tem é justamente o desfecho desse embate. Em Portugal premeia-se o absentismo e a rotina; desculpa-se a incompetência e aceita-se resignadamente a burocracia e o autoritarismo imbecil; perdoa-se a ausência de valores éticos a todos os níveis e trata-se socialmente por senhores os que nada mais são do que bandidos; condecora-se o triunfo empresarial por favor político; perdoam-se os impostos e os crimes fiscais aos grandes vigaristas, enquanto se persegue implacavelmente o pequeno e honesto devedor ou aqueles que mais impostos pagam e que não fogem ao fisco; arquivam-se os crimes que são difíceis de investigar e tortura-se a mãe da Joana, transformando os responsáveis em vedetas mediáticas; consente-se o indecoroso tráfico de influências entre o poder político e a advocacia de negócios e pretende-se calar o bastonário dos advogados que, à revelia dos bons costumes, denuncia o que todos sabem ser verdade."
Apesar do pessimismo de MST, continuamos a assistir a grandes mudanças, que contribuirão, e muito, para um futuro risonho: Paulo Rangel ainda não foi para Bruxelas e já encara a possibilidade de voltar, para dar uma mãozinha; Elisa Ferreira irá ou não, de acordo com a vontade que há-de ser expressa pelos portuenses, no referido tal dia; Valentim Loureiro, apesar das cabalas da Judiciária, há-de ser reeleito "alcaide" de Gondomar, por que não é arguido; o mais provável é que a Isaltino Morais aconteça o mesmo; cá pela cidade, também já temos a garantia da continuidade ... e a certeza de que, afinal, existem uns quantos que, pensando e agindo por nós, nos assegurarão o futuro.
Portugal continua no seu melhor ...

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