No final de cada ano é uso e costume fazerem-se os mais variados balanços, com gente de todas as especialidades a elencar o que de mais importante se passou no que está a terminar, dando lugar a um novo, no exacto momento em que, cumprindo a tradição, se comem as passas e se formulam os desejos.
As novas tecnologias permitem registos e análises, as mais diversas, proporcionando-nos evidências que, sem elas, dificilmente nos conseguiríamos lembrar. Contribuem para que os balanços sejam fiáveis e possíveis para qualquer tema ou acontecimento.
Tenho (quase) todos os meus livros numa base de dados (congeminada pelo meu filho, diga-se em abono da justiça), que me permite registar, para além do autor, do título, da imagem da capa, da edição, da colecção, o sítio onde está colocado, a data da compra e a data da leitura.
Utilizando esse arquivo, posso fazer as mais variadas consultas e, por isso, ontem resolvi verificar quantos livros tinha lido em 2013. O "boneco" respondeu: 38.
São muitos, são poucos, foram … milhões de palavras que passaram pelo crivo do meu cérebro, exprimindo ideias, relatando factos, contando histórias, evidenciando sentimentos. Ficarão guardadas nas gavetas da memória, à espreita de uma oportunidade de se exibirem e ganharem vida ou, o que é mais provável, a adormecerem num sono justo sem darem mais sinais de vida.
Um livro deixa sempre uma marca, maior ou menor, não importa. No conjunto deste ano, há vários que têm lugar mais destacado nas tais "gavetas" e não as deixam fechar. Um deles está ainda bem em cima do "móvel": As luzes de Leonor, de Maria Teresa Horta, mais de 1.000 páginas que acabei de ler em Maio e às quais voltarei um dia destes, para saborear.
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