
HINO À RAZÃORazão, irmã do Amor e da Justiça,Mais uma vez escuta a minha prece,É a voz dum coração que te apetece,Duma alma livre, só a ti submissa.Por ti é que a poeira movediçaDe astros e sóis e mundos permanece;E é por ti que a virtude prevalece,E a flor do heroísmo medra e viça.Por ti, na arena trágica, as naçõesBuscam a liberdade, entre clarões;E os que olham o futuro e cismam, mudos,Por ti, podem sofrer e não se abatem,Mãe de filhos robustos, que combatemTendo o teu nome escrito em seus escudos!
Sonetos
Antero de Quental
Ulmeiro (1994)
1 comentário:
O comentário veio através do mail, para que o reparo, fraternal, não fosse público. Como me parece que a reforma ainda lhe não tolheu a veia (poética e correctiva), aqui fica para a posteridade:
"Irmão do Amor e da Justiça
Mais uma vez escuta a minha prece."
É a voz de "mestra," já mortiça,
Mas o texto correcção, merece.
Eu leio ideias e eram ideais.
Sinal preocupante nesse teu escrever.
Vai ao blog, não demores mais
Que Portugal merece reviver.
E, depois de ideais repores
Na nossa Pátria-Mãe,
Olha abaixo, não vás sentir calores
Se medra trocaste por merda, também!
Por fim, podes rir, corrigir, cantar
Que a Alma Lusa, hoje, se alevanta.
Amanhã, já medra outro falar
Que ideais em tesos, não dão comida à banca.
Viva A República!!!
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