Quando a necessidade de esclarecimento ou resolução de problemas obriga a contacto telefónico, é um prazer enorme pôr o telefone em alta voz, marcar os números das opções propostas e, por fim, ouvir uma voz, simpática e bem timbrada, debitar a lengalenga:
- Estimado cliente: ainda não foi possível atender a sua chamada. Caso pretenda, pode continuar a aguardar. Caso prefira que o contactemos de volta, marque 2 e será contactado em 48 horas.
Decorreram já 5 minutos, a lengalenga foi repetida, repetida e repetida, entremeada com música, decerto propositadamente irritante, que faz desesperar um santo.
O suplício persiste, a testar a paciência que ameaça esgotar-se a qualquer momento.
- Não desesperes. Tu é que precisas ...
Cada minuto parece uma eternidade. Já lá vai quase meia hora. Todavia, a esperança é a última coisa a morrer. Alguns minutos depois, surge uma voz a trazer a tranquilidade necessária.
- Em qui posso ajudá?
Aveludada, com sotaque característico do lado de lá do Atlântico, a voz acalma o nervosismo. Exposta a situação, a solução não tarda muito.
- Vai tê de aguardá o envio das instruções por mail. Posso ajudá em algo mas?
- Não, muito obrigado. Boa tarde.
- Uma boa tarde também para o sinhó.
Quase 40 minutos depois, tudo tratado ... e nada resolvido!
1 comentário:
O milhó é tentar di novo...
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