Quase toda a gente tem opinião sobre a epidemia que está a contaminar o mundo, sobre as suas causas e sobre a forma de a debelar.
Todos esperamos que, no fim, seja menos maligna do que os estudos científicos e as opiniões de quem sabe apontam.
E é apenas por isto - por quem sabe - que também quero deixar meia dúzia de linhas sobre o assunto.
Vivemos, felizmente, num país democrático, com liberdade de expressão plena, até para a asneira, a estupidez e a ignorância. Todavia, a situação actual parece evidenciar uma "guerra", na qual não se conhece o inimigo, a sua estratégia, a sua composição e muito menos as suas posições. Assim sendo, temos forçosamente de confiar em quem sabe e procurarmos seguir as suas determinações com disciplina, sem alarmismos e sem facilitar nada. Neste caso, sem servilismos, manda quem sabe e os outros obedecem, por muito que custe.
Na guerra, cada um tem a sua função, que deve executar com o maior rigor, confiando que a estratégia delineada resulta da análise, ponderada, de quem tem o conhecimento e domina as variáveis.
Dispensam-se perfeitamente as "opiniões" vindas não se sabe de onde, sempre cheias de "certezas" tais que, ainda ontem, chegou aqui a casa, via USA, a "notícia" de que havia centenas de mortos em Lisboa, de acordo com uma fonte que ninguém consegue identificar mas que "sabe" muito.
Deixem-se de publicações idênticas às do tipo da anedota:
"Paris é uma cidade muito bonita! Eu nunca lá estive, mas tenho um tio que tem um primo que já lá foi e gostou muito".
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