domingo, 18 de junho de 2023

Feras

O mar, calmo, se o termo de comparação for o da Foz do Arelho. Para muita gente, são ondas a mais e a água pelo joelho já pode ser perigosa. O mar é traiçoeiro e todo o cuidado é pouco...

O "leão da Tanzânia" é um desses. Passeia pela borda, exibe o cabedal, pavoneia-se, olha em volta, mira esta, espreita aquela, põe os óculos, tira os óculos, passa o pente, que traz no bolso dos calções, sempre a jeito para qualquer eventualidade. De repente pode surgir uma admiradora que não goste do despenteio.

A criança, que segura o baldinho com água para fazer o castelinho, pisou a toalha e por lá deixou alguma areia molhada que trazia agarrada aos pézitos. O "leão" fulminou-a com o olhar e não teve tempo de abrir a boca. O pai da criança, atento, pediu desculpa e não lhe deu hipótese de barafustar.

Limpou a pouca areia, sentou-se de novo e lá continuou a tarefa de conquistador sem castelo por perto. O almoço já deve estar preparado e são horas de partir.

Lá foi, sempre muito preocupado com o cabelo e com o estilo. A água, teimosa, não lhe passou cartão!

Sem comentários: