O objectivo era pintar o móvel.
Definir as tarefas e o caminho crítico para as executar, era prioritário; reunir os materiais e as ferramentas necessárias, fundamental; estudar meticulosamente a estratégia a seguir, obviamente imperioso.
Plano teórico traçado, reunido o material, definido o local, colocado o cartão para salvaguardar o soalho, procedeu-se à desmontagem necessária para que a obra fosse realizada a contento e não houvesse espaços que não adquirissem a nova cor.
- Vai ser fácil e vai ficar bonito!
As portas foram desmontadas, as prateleiras e as gavetas retiradas, e colocadas nos cavaletes que iriam facilitar o trabalho, poupar as "cruzes" e ajudar a que tudo corresse bem.
E correu! Dado o primário, tudo parecia encaminhar-se para a beleza pretendida e as duas demãos da tinta acetinada indicada pelo homem da loja culminaram a maquilhagem. O móvel parecia novo, qual boneca saída da "recauchutagem" ou boneco objecto de um lifting.
A secagem decorreu dentro da normalidade e no tempo previsto, aproveitando o dia solarengo e a ausência de humidade. Era chegada a hora de remontar tudo e dar ao móvel condições para brilhar na sua função, com uma nova cara, linda, diga-se.
As prateleiras e as gavetas não ofereceram qualquer dificuldade para se reajustarem ao local que sempre fora o delas. Com duas das três portas aconteceu o mesmo e tudo parecia encaminhar-se para um final em beleza. Mas ...
A terceira porta, teimosa, resistiu, resistiu, resistiu ainda mais uma vez e outra, outra ainda. Nova estratégia de abordar a introdução nas peças e o aparafusamento. Nada! Sempre torta!
- Está quase!
Não estava nem esteve. A teimosia de uns leva à desistência de outros. Foi o que aconteceu. Já foi pedida a ajuda de quem sabe da "poda" e que, na certa, coloca a teimosa porta em "menos de um fósforo"
"Quem te manda a ti, sapateiro, tocar rabecão?"
1 comentário:
Faz reset e troca as portas.
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