sexta-feira, 27 de junho de 2025

Liberdade

O cartoon de António e a crónica de Miguel Sousa Tavares justificam, como sempre, o valor dispendido na compra da edição semanal do Expresso.

Na sua crónica, após referenciar a frase já aqui reproduzida, Miguel Sousa Tavares escreve:

"(...) Esta frase ficará para a história, lembrem-se dela por muitos anos, pois ela resume na perfeição o papel de cãozinho do dono que tem sido o de Mark Rutte, o infeliz secretário-geral da NATO. O neerlandês não é, por si mesmo, membro da NATO, mas apenas o coordenador de vontades e construtor de consensos entre os 32 membros da organização. Porém, desde o primeiro dia, e certamente também temente pelo futuro do seu cargo, ele fala como se mandasse em todos e a todos pudesse impor livremente a vontade do dono, o seu tão admirado Donald J. Trump - esse tão confiável Presidente americano, que poucas horas antes da cimeira de quarta-feira voltou a pôr em causa o cumprimento do artigo 5º do Tratado do Atlântico Norte, o próprio fundamento da NATO: um por todos, todos por um. Já sabíamos que Rutte é um serventuário de Trump, ainda mais que o seu antecessor, Stoltenberg. Mas escrevê-lo assim, com estes requintes de subserviência e dando já por decidido o que só no dia seguinte se iria discutir, é suficiente para concluir que o homem não está à altura do cargo. Se houvesse alguma réstia de dignidade e orgulho próprio entre os dirigentes ocidentais de hoje, o ponto nº. 1 da ordem de trabalhos da Cimeira da NATO em Haia teria sido a destituição do seu secretário-geral. (...)"

A crónica acaba assim: "Nunca tantos viveram, indefesos e ignorantes, tamanha hipocrisia".

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