Cada vez mais vai rareando o correio colocado na caixa, obrigatória, que "vive" junto ao portãozinho da entrada da casa há quase meio século. A chave ainda funciona e a cor, verde, mantém-se não já com a tinta inicial na totalidade, mas ainda com alguns resquícios das primeiras pinceladas que obteve.
O ritual de pegar na chave, abrir a portinhola e espreitar para dentro repete-se todos os dias úteis, ainda que, na maior parte deles, os passos se revelem inúteis.
Hoje foi diferente! Três cartas, pasme-se!
A primeira, da Junta de Freguesia, trazia o convite para o convívio natalício dos fregueses idosos; a segunda avisava que o débito do seguro vai acontecer no próximo mês; a terceira, era visível, trazia importância colada e bem vincada. Tinha como remetente o Ministério da Administração Interna e não era previsível que fosse algum chamamento da Ministra para outro almoço convivial.
A (des)agradável surpresa empertigou-se e ditou a sua lei: comunicava uma infracção acontecida em 03.08.2024, por violação do limite de velocidade estabelecido no local "Xis", bem bonito, por sinal. Na Barquinha, com o Tejo a fazer companhia pela esquerda, estaria, decerto à direita, o aparelhinho que me caçou sem contemplações.
Demorou mais de um ano, mas chegou. A lei é para se cumprir e os infractores (todos?) são penalizados. Já agendei o pagamento para o mês que vem, aproveitando o prazo de 15 dias que, amavelmente, me foi concedido.
Sem comentários:
Enviar um comentário