quinta-feira, 11 de março de 2021

Regresso ... ao futuro

É comum a muita gente o reivindicar da experiência, do passado, a excelência dos seus atributos e a obra que realizaram, em contraste com a "incapacidade" das gerações mais novas, que nada sabem do que custa a vida e não conseguem fazer nada de jeito.

- Se fosse no meu tempo ...

E ficam perorando por um passado que já foi e não voltará, por muito que lhes custe. Águas passadas não movem moinhos e ninguém se lava duas vezes nas águas do mesmo rio. O passado é importante para conhecermos a história, a sua evolução, os progressos realizados, e para aprendermos com os erros cometidos. Analisando assim, compreendemos que, se não houvesse arrojo e audácia (isto lembrou-me o arrojo, audácia e desprezo pela vida que se ouvia no "poço da morte" das feiras), ainda estaríamos na idade da pedra ou lá muito perto.

O tempo de fazer, de pular, de arriscar, passa depressa e não adianta que os mais velhos tentem condicionar o progresso do mundo com argumentos falaciosos de "eu fiz e fui o maior ... da minha rua". Os olhos evoluem e aquilo que viram há trinta anos já mudou, pelas deficiências visuais próprias do avançar da idade e porque, felizmente, outros surgiram com muito mais capacidade e muito melhor visão.

Até os automóveis caminham a passos largos para dispensarem os condutores! Ora eu, que tirei a carta há mais de meio século e decorei o código de trás para a frente e vice-versa, não quero crer que se possa conduzir sem a caixa de velocidades e, muito menos, sem colocar as mãos no volante ... Isso vai ser muito perigoso ... ou não!

1 comentário:

Anónimo disse...

Assim... ficaremos sem o trauma dos riscos que nós às vezes fazemos. A responsabilidade passa a ser da viatura... contra todos os riscos, naturalmente.