quinta-feira, 10 de junho de 2021

Dia de Camões

José Mário Branco cantando um soneto de Camões, ao qual acrescentou um refrão para reforçar a ideia.

De manhã, aproveitando o feriado e porque já vamos com um terço de Junho cumprido, calcei os chinelos e fui até à Foz. O areal ainda se mantém com a sujidade do costume mas, lá ao fundo, na zona onde irão ser instaladas as barracas, uma máquina começa a endireitar a areia e a limpar as canas, os plásticos, as caixas de anzóis, as garrafas de cerveja, e muito outro lixo que continua a "nascer" na praia, seguramente de "geração espontânea".Passeio junto à Lagoa, a caminho do mar, aproveitando bem o ar puro que o vento transporta e sem ver o sol, que ainda dormita bem lá atrás das nuvens. Vem a onda, fraca, molha os pés, e ouve-se a voz do mar:

- Trouxeste o gin?

- Claro que não. Vinha dar um mergulho!

- Fizeste mal. Com este gelo que tenho dentro de mim, fazíamos um brinde ao Camões.

O melhor é continuar na areia, que o "frigorífico" está ligado no máximo ... 

P.S. - Soube-se hoje que a Câmara Municipal de Lisboa "bufou" a Moscovo os dados pessoais dos organizadores de uma manifestação levada a cabo no passado dia 23 de Janeiro. Apesar das desculpas públicas de Fernando Medina e da atribuição das culpas à burocracia, custa muito ouvir que, quase 50 anos depois de 1974, ainda haja no país quem ache normal "entalar" alguém em nome da BURROcracia.

1 comentário:

Anónimo disse...

Uma "moeda" na boca do Medina. Grande engasganso!