quarta-feira, 2 de junho de 2021

Tempo

" Nascemos únicos e morremos cópias"

Não me lembro se ouvi ou li, mas espero que o autor me perdoe a ousadia de utilizar sem referir a fonte e sem autorização. A idade já me dá direito a estes luxos, que não devem ser copiados e que merecem sempre reparo.

A manhã de hoje teve "conversa de velhos", a propósito dos pequenos títeres que a pandemia trouxe, permitindo que gente sem o mínimo de condições e com propensão para farsante, abra a boca e, como não entra mosca, deite cá para fora asneira da grossa.

- Aqui quem manda sou eu!

E vamo-nos calando, os velhos porque já lhes falta a paciência e sobra-lhes a dificuldade em serem ouvidos, e um bom punhado dos mais novos, porque sim. A opinião (ainda) é livre e o direito à asneira está a querer prevalecer em detrimento da busca do melhor caminho, da boa solução, do que interessa a todos. Grita-se muito, comenta-se muito, gosta-se muito e ... cala-se (já) muito.

Nascemos únicos ...

A pouco e pouco vamo-nos dobrando ao que não se deve dizer, que é feio, ao que não se pode fazer, que fica mal, à escolha da mesma rua, porque toda a gente a escolhe.

... e morremos cópias.

Assim, vamo-nos tornando presas fáceis de um qualquer "gritador", que não terá dificuldade em arranjar um modelo de chapéu para servir na maioria das cabeças.

... Sei que não vou por aí!

1 comentário:

Anónimo disse...

Desventuras da vida. 🐑🐑🐑🐑