sexta-feira, 17 de julho de 2020

Quotidiano

O mar estava Salgado,  Mexia muito e até tinha um Cavaco a boiar, mas podia-se andar tranquilo. Tal como no Banco de Portugal, na Foz há sempre um Governador a garantir o bem de todos. Talvez a filosofia de Sócrates explique isto com facilidade, mas a minha parca inteligência não consegue atingir tal desiderato.
Ainda assim, a minha imaginação concluiu, enquanto o físico se debatia com as ondas, que isto anda tudo ligado e que o mundo é apenas um conjunto de peças "Lego", que todos manipulam mas cujo produto final está antecipadamente definido.
A minha curiosidade acentua-se e a esperança de ver concluída a peça final é muita, embora com a consciência de que, para isso acontecer, será necessário que a vida seja superior à esperança total da dita.
A premissa de que todos são inocentes até prova em contrário não retira a convicção de que quem acusa desta forma terá reunido provas irrefutáveis, difíceis de contrariar pelos "ronaldos" da advocacia que vão sempre a jogo, provavelmente pro bono, uma vez que dificilmente os acusados terão economias para fazerem face à remuneração justa de tantos e tão bons profissionais.
O calor, por vezes, provoca delírios e parece-me que hoje isso aconteceu.
Cá estaremos para ver ...


1 comentário:

Anónimo disse...

Texto delirante, sem dúvida. Primeiro parágrafo, soberbo! Cuida-te do sol, para poderes vir a escrever sobre o acerto final das contas.