quarta-feira, 27 de abril de 2022

A Mesa

Não é uma humilhação porque só é humilhado quem deixa e só humilha quem não presta.

Ver o Secretário-Geral das Nações Unidas sentado no topo de uma mesa com seis metros e, no outro topo, um "caramelo" que parece crer que é o dono do mundo, da razão e da mesa, não é agradável nem parece que vá servir para alguma coisa. 

António Guterres foi pressionado pela opinião pública e até por gente que já passou por altos cargos na ONU, para se deslocar à Rússia. Acabou por fazê-lo, embora me pareça que sempre soube que era o mesmo que chover no molhado e que nem o ditado do ratinho - acrescenta sempre um bocadinho, disse o rato. E fez chichi no mar - se aplicaria à situação. Sentar naquela mesa, ser obrigado a aumentar o volume da voz sem uma garrafa de água por perto, com os olhos e os ouvidos do anfitrião bem longe dali, deve ter sido um suplício e uma "refeição" de digestão difícil.

O outro estava longe, bem longe, e surdo, bem surdo.

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