terça-feira, 6 de setembro de 2022

Inflação

"Deveria ter sido mais cedo. Receber agora implica receber menos em 2023. É pouco. Para fazerem isto, mais valia estarem quietos. As coisas estão todas a aumentar, até o pão. Sou contra. Acho que podiam pagar muito mais. Já não se aguenta."

"Aguenta, aguenta", afirmou há uns anos um reputado banqueiro, numa outra crise. Aguentou-se mesmo e não houve medidas excepcionais. Cada um fez pela vida e só houve "passos" próprios para ultrapassar os problemas. Memórias curtas ...

Marcelo, sempre atento, aproveitou para transmitir urbi et orbi que o PSD tinha sido fundamental, ao fazer propostas que obrigaram o governo a tomar decisões. O colinho dá sempre jeito e fica para memória futura. O PR sabe bem disso. É importante estar sempre presente e ter protagonismo, tanto mais quando se está de partida para o Brasil e não se sabe como a viagem irá correr.

Os comentadores, barões, marqueses ou duques, puxaram dos seus galões, analisaram, fizeram contas, estudaram ao pormenor, foram ao âmago das questões, ao cerne das coisas, aos interstícios da economia, aos meandros das finanças, aos números do orçamento, às projecções claras e convincentes do que vem aí e, com o brilhantismo do costume, concluíram, sem margem para quaisquer dúvidas:

- Era possível fazer muito mais, como o futuro demonstrará.

Se correr mal e tudo isto ficar mais complicado, os mesmos de agora virão dizer que, afinal, tudo era previsível e só não viu quem não esteve atento.

A guerra continua a todo o gás ... ou sem ele!

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