quinta-feira, 18 de maio de 2023

Aprendizagem

As conversas, ou melhor, as dissertações profundas e eloquentes a que temos assistido nas nossas televisões, reproduzindo o que se tem passado no Governo, no Parlamento e em Belém nos últimos tempos, fazem lembrar a velha anedota picante que suscita sempre o comentário: está a descer de nível e a subir de interesse.

Assessores, ministros, chefes de gabinete, deputados, comissões, políticos em geral, têm dado, com poucas e honrosas excepções, um exemplo claro de como não se deve actuar na causa pública, da necessidade de transparência e do dever de servir objectivamente o país, como consta do juramento que, solenemente, todos os titulares de cargos públicos, subscrevem.

Aos olhos de quem vê de longe e já vai sofrendo de miopia, salta à vista que há meninos a quem não chega portar-se mal no recreio e acabam também a fazer asneiras nas aulas.

Há uns meses, foi tema de conversa um inquérito que deveria ser preenchido por todos os candidatos a governantes, com vista a deixarem explícitos os activos detidos antes da entrada na esfera do poder. Os últimos acontecimentos parecem aconselhar que, cumulativamente, haja acções de formação a antecipar a ida para o governo, e que seja condição obrigatória a obtenção de nota positiva, sem recurso a cábulas ou copianço. 

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