quarta-feira, 15 de abril de 2020

Quotidiano

Ainda não foi hoje que fui à Foz!
As recomendações das autoridades para os grupos de risco, as chamadas de atenção familiares para a minha normal rebeldia, obrigam-me a ser cordato, obediente e educado ou, como se dizia em tempos longínquos de má memória, atento, venerando e obrigado.
Cumpro, respeitosamente, as ordens da senhora Directora Geral de Saúde (não consigo escrever DGS), por entender que é o melhor para todos, incluindo para mim, que pertenço ao grupo de risco, e por entender que a senhora merece ter esta  modesta compensação, pelo enorme esforço que tem feito.
Este mês deve ter sido o mais comprido de toda a sua vida e isso está bem expresso na sua cara, quando, diariamente, nos entra pela casa. É visível o cansaço, que deixa marcas, mas também a paciência de JO que evidencia perante algumas perguntas (im)pertinentes.
Não quero ser ave de mau agoiro, mas estou convencido que, no final, será ela o "guarda-redes". Se não houver golos, não fez mais do que a sua obrigação; se correr mal, via-se logo que ia haver "frango".
Continue a mandar, Doutora Graça Freitas, que quem decide será sempre criticado.
"Os cães ladram e a caravana passa", diz o velho adágio.

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