sábado, 4 de abril de 2020

Quotidiano

O sábado caminha para o fim, num início de fim de semana cinzento, como o dia a dia que vamos vivendo. Nuvens, alguns pingos de chuva e os números da nossa angústia, que chegaram pela hora do almoço, repetidos até à exaustão.
Amanhã teremos nova estatística oficial, agravada pela certa, e com mais um passo para o esgotamento de quem trabalha "de sol a sol" e de "noite a noite" para que os doentes sobrevivam e se curem.
Entretanto, ouviremos debates, divagações, certezas, dissertações, sobre a necessidade de conhecer o dia do fim com exactidão, talvez para ser possível programar o directo com antecedência, registando as opiniões sabedoras de "eu não vi, mas disseram-me".
Valha-nos a poesia, que lava o espírito e até serve de alimentação, como dizia a grande Natália Correia.

1 comentário:

Anónimo disse...

Belo e adequado aos nossos dias. Muito oportuno.