Há livros por vários sítios, mas já não há na mesa de cabeceira, ou melhor, aparece um só à noite. Numa transformação a que não é alheia a campanha de esclarecimento há muito encetada, o plural passou a singular. O último que por lá restava a aguardar vez, está a ser lido desde ontem e desloca-se a vários locais, regressando à base apenas na hora de recolher.
Acabaram-se os avisos, os sinais de enfado, porque ganham pó, não deixam limpar bem, a mesa de cabeceira não é sítio para livros, não chega a secretária, não bastam as estantes, há livros por todo o lado. E contra factos, não há argumentos, que a hora não é para contraditar.
Os que estão na fila, aguardam a sua vez na secretária, bem comportados, embora também não goste muito de os ver aqui, em monte. São os prioritários. Não têm a certeza se não serão ultrapassados, por nunca se saber se e quando o carteiro traz alguns novos, que se tornem mais urgentes.
Todos serão vacinados, perdão, lidos. Assim o tempo me ajude e a vontade não me falte.
1 comentário:
E o carteiro toca sempre duas vezes...
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