Cara fechada, sem quaisquer manifestações, um bom dia (mal) sussurrado, quase imperceptível. Tem aquele aspecto dos que se costumam definir como gente "a quem todos devem e ninguém paga".
Não há sorrisos, nem sequer um simples esgar. Concentração máxima, sobrolho franzido, faz o seu trabalho sem uma fala, contraído, como se estivesse a aguardar o cadafalso ou a sentença de morte.
- Precisa de alguma coisa?
- Não.
E lá vai prosseguindo a tarefa, sem esforço físico mas com um peso na "pinha", que deve ser enorme. Nem os músculos da face mexem e até a "maçã do Adão" permanece imóvel.
Terminou. Baixinho, quase em murmúrio, duas palavras seguidas:
- Boa tarde.
- Uma boa tarde também para si e obrigado.
O objectivo é "fazer aquilo que se gosta e gostar daquilo que se faz", mas há pessoas que não conseguem. É a vida!
1 comentário:
Uns míseros quinhentos paus de gorjeta no final da tarefa teriam feito sorrir qualquer cara de pau!...
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