sábado, 17 de abril de 2021

Urgências

Há dias assim. Plenos de actividade, sem tempo para pausas, ocupação ininterrupta e, no fim, afinal que fiz eu? 

No tempo do trabalho (já lá vão quatro longos anos ociosos), havia um tableau de bord, escrito ou mental, que ia servindo de orientação e de lembrança. Assuntos urgentes, tarefas importantes, temas prioritários, tudo pensado de véspera para que o dia fosse o mais produtivo possível. Uma grande parte das vezes, o planeado ficava no tableau, adiado (se eu fosse moderno diria procrastinado) para o dia seguinte ou eliminado por, entretanto, ter perdido actualidade. O desconforto surgia com a vontade de mandar o planeamento "às malvas", deixar que tudo acontecesse e depois se veria.

Agora é muito mais fácil! Não fiz nada do que tinha pensado para hoje? E depois? Qual é o problema? E, como diria o outro, qual é a pressa?

Não há nenhuma urgência que não possa esperar 24 horas e só há dois tipos de problemas: aqueles que o tempo resolve e os outros que nem o tempo consegue resolver.

1 comentário:

Anónimo disse...

Tanta cera!!!