segunda-feira, 5 de abril de 2021

Visita

Já por lá não passava há bastante tempo. Um mês, dois, talvez perto dos três, aconteceu a última vez. (rimou mas não foi de propósito)

Fui à Rua Almirante Cândido dos Reis, que toda a gente conhece por Rua das Montras, e a "montra" tinha uma boa exposição. A esplanada estava cheia e havia uma "reunião" de quatro conhecidos, em amena cavaqueira, bem no meio do caminho com, soube-o depois, dois deles a aguardar mesa vaga para voltarem a deliciar-se no poiso habitual e tão ausente nos últimos tempos.

Juntei-me à conversa e por ali estive, quinze, vinte minutos, talvez meia-hora, a falar sobre a cidade, eleições autárquicas, obras, governo, crise, Marcelo e Costa, o tudo e o nada, como convém nestas "tertúlias". Falámos ao mesmo tempo, depressa, gesticulámos muito, que a ânsia de mostrar que ainda sabemos conversar é enorme. Depois, bem, depois fomos cada um à sua vida, mais frescos, mais limpos e mais fortes.

Passaram inúmeras pessoas, o sorriso apenas nos olhos que a máscara não permite mais. Sentia-se o prazer, a boa disposição - quero que me vejam - uma satisfação imensa por parecer que o normal está em vias de regressar, como todos ansiamos.

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