domingo, 23 de abril de 2023

Dia Mundial do Livro

Há muitos anos que, diariamente, comemoro o livro como objecto essencial para o meu bem-estar. Pouco ou muito, todos os dias leio (n)um livro e disso retiro sempre prazer, mesmo quando acontece a leitura não me ser agradável. Raramente coloco um livro de lado sem chegar ao fim.

Não atribuo grande importância às comemorações do dia disto e daquilo, que são, na maior parte das vezes, meras acções de marketing destinadas a promover o gasto, mesmo que o objecto acabe por não ser consumido. O importante é comprar!

O livro é um caso especial. Pela importância que teve, tem e irá continuar a ter no desenvolvimento do saber e por parecer que se encontra em vias de extinção e a ser cada vez mais decorativo e menos folheado. O livro é, como definiu António Lobo Antunes, "o ouvido que se encosta à terra para escutar o mundo". 

Os meus continuam por aqui, amontoados e a ocuparem cada vez mais espaço, obrigando a retirar os da frente para alcançar os escondidos lá atrás, e a ter um cuidado extremo na "catalogação", para que seja possível saber onde param. A lógica da arrumação ajuda mas é a base de dados que garante a descoberta sempre que necessário.

E para quê, perguntam os mais novos. Hoje lêem-se livros no PC, no tablet e até no telemóvel, sem peso a segurar e a transportar e sem ocupação de espaço em casa.


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