quarta-feira, 12 de abril de 2023

Tecnologia

Não havendo notícias novas sobre a TAP e não sendo curial dar palpites sobre o (meu) Benfica, poder-se-á dissertar sobre alguma outra coisa? Estou em crer que não e também tenho a certeza que as capacidades, se alguma vez existiram, estão a esvair-se tal como o vocabulário, que se vai perdendo, ficando cada vez mais reduzido, repetido e alterado, tipo conversa de cota, bué chata.

Permanecia descansado, de lapiseira na mão, tentando captar alguma coisa que valesse a pena e se encontrasse lá bem no fundo, e nada surgia. O elevador devia estar avariado ou desligado, por falta de reparação ou de dinheiro para a luz. 

A música estava a tocar. De forma aleatória e de acordo com a escolha feita pelo equipamento, sem intervenção humana, passava sem se preocupar com o estilo e saltando de disco para disco e de artista para artista, sem qualquer dificuldade.  As novas tecnologias dispensam a colocação dos CD's e não se correm riscos de a agulha estragar os LP's. As capas não se deterioram, cabem centenas sem necessidade de móvel, e nem é preciso levantar da cadeira. Uma maravilha, que permite a surpresa de uma qualquer música surgir quando menos se espera e, desta, a memória já só detinha uma vaga ideia.

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