terça-feira, 25 de abril de 2023

Liberdade

A minha amiga Liberdade e eu próprio festejamos o aniversário na mesma data. E é hoje! Eu levo uns bons anos a mais, tive o privilégio de a ver nascer e de participar nos seus primeiros passos, choros e sonhos, acalentando com ela a esperança de ver o sol nascer para todos e que o dia fosse o inicial, inteiro e limpo de um futuro risonho e próspero.

O tempo passou e em ambos parece estar a deixar marcas. Para mim, não será de estranhar que os 71 tenham trazido algumas maleitas, incómodos, com dor aqui, com dor ali, com cor acolá, o costume. Nela, bem mais nova, é que é preocupante. Ainda nem chegou aos cinquenta e todos os dias se notam os efeitos que algumas ervas daninhas lhe vão causando, parecendo até, em algumas situações, que há quem queira o regresso daquela agricultura de antanho, com as enxadas na mão, a fome e o medo do "vizinho" que pode bufar sem ninguém notar ou saber. 

Causa algum incómodo ouvir e ver gente que já nasceu nos dias claros a pretender dar lições e a clamar sem conhecimento e, pior, sem educação. Pensando bem, nem merecem ser escutados.

A minha amiga Liberdade há-de sobreviver a toda essa gentalha e eu espero continuar a acompanhá-la, para meu bem, dela e de todos os que por cá continuarem.

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