Na (minha) instrução primária faziam-se ditados.
A professora ou, na primeira classe, algum colega da quarta, ditava textos com palavras cada vez mais complicadas, à medida que a aprendizagem ia evoluindo e as classes também.
A professora corrigia e, no próprio dia ou no dia seguinte, obrigava a repetir as palavras erradas, dez, vinte, cinquenta vezes, conforme achava que o erro era recorrente ou resultava de distracção pura.
Não fui muito penalizado com estes castigos - presunção e água benta, cada um toma a que quer ou, de outro modo, gaba-te cesto que amanhã vais à vindima - mas lembrei-me disto hoje, quando assistia à conferência habitual da Direcção Geral de Saúde.
Coitada da pobre senhora: todos os dias tem de repetir frases inteiras já ditas e reditas anteriormente.
É mesmo castigo "à antiga".
1 comentário:
Só apanha umas simples "chicotadas psicológicas" a juntar à maledicência de que também é alvo.
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